historiografia
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3 REFERÊNCIAS 6
1 INTRODUÇÃO
A complexidade em abordar todos os aspectos e momentos da produção historiográfica, ademais contemplada por importantes balanços, levou-nos a abordar apenas as proposições mais abrangentes no interior dos discursos que se constituíram a partir da década de 60. Dessa forma, escolhemos autores representativos de uma consciência histórica esposada por grupos de intelectuais que influenciaram as produções posteriores. Estão presentes as respostas de historiadores que viveram a Revolução de 30, o Estado Novo, as crises subsequentes da década de 50, o golpe militar de 64 e seu decepcionante "processo de abertura". Esta vivência impregna as narrativas e os julgamentos emitidos tanto quanto os métodos que utilizaram. Os historiadores depararam-se com quatro principais conjuntos de explicações formuladas pelos homens que participaram do processo político da implantação da República: as que valorizavam a ação específica dos grupos militares, dos agricultores paulistas, dos castilhistas e dos monarquistas. Mesmo admitindo matizes e nuanças nas doutrinas liberais, positivistas e monarquistas, esses discursos concentraram-se em discordâncias básicas conceituais: monarquia ou república; presidencialismo ou parlamentarismo; federalismo e limites das atribuições dos Estados e Municípios. O discurso civil, hegemônico até a década de 20, idealizou as conquistas obtidas com os sucessos da implantação do modelo da república liberal e presidencialista. O Partido Republicano Paulista, seu maior porta-voz, com sutileza política reconhecia a importância dos militares nos primeiros momentos, mas priorizava a ação contínua e decisiva da propaganda republicana desde 1870. Identificava-se com o progresso e a modernidade, frutos da dinâmica econômica cafeeira, defendendo a autonomia municipal