Historia
No dia 22 de dezembro de 1988, o seringueiro e líder sindical Francisco Alves Mendes Filho, o Chico Mendes, morreu com um tiro de escopeta na porta de sua casa em Xapuri, no Acre. Dois fazendeiros, pai e filho, foram condenados pelo homicídio.
Ao defender a preservação da floresta amazônica, Chico Mendes tornou-se inimigo de fazendeiros que queriam o desmate para a criação de gado. Ele aprendeu a profissão de seringueiro com o pai e, em 1975, começou a atuar como líder sindical. No ano seguinte, passou a participar dos chamados “empates”, manifestações em que os seringueiros buscavam impedir o corte de árvores, colocando-se à frente de tratores e serras elétricas. Mendes também começou a agir em prol da criação de reservas extrativistas no Acre.
Em 1977, participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri e foi eleito vereador pelo MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Em seguida, começaram as ameaças de morte. Em 1979, Mendes foi interrogado por promover debates entre lideranças sindicais, populares e religiosas.
O líder dos seringueiros foi um dos fundadores do PT, em 1980, tornando-se dirigente da legenda no Acre. No mesmo ano, foi acusado por fazendeiros da região de envolvimento na morte do capataz de uma fazenda - este, por sua, vez, era suspeito de ter assassinado o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Brasiléia. Foi absolvido por falta de provas.
O líder dos seringueiros continuou na militância política atuando em várias frentes como presidente do sindicato de Xapuri. Organizou o Primeiro Encontro Nacional de Seringueiros, cujo resultado foi a criação do Conselho Nacional de Seringueiros e da proposta “União dos Povos da Floresta”, que visava defender os interesses e direitos dos habitantes da floresta por meio da criação de reservas extrativistas.
Em 1984, foi acusado de incitar posseiros à violência, mas foi absolvido por falta de provas. Três anos depois, Mendes recebeu em Xapuri uma comissão da