historia
O trabalho escravo no Brasil.
A viagem para América
O tráfico de escravos para o Brasil refere-se ao período da história em que houve uma migração forçada de Africanos para o Brasil. Portugueses, brasileiros e mais tarde holandeses dominaram um comércio que envolveu a movimentação de milhares de pessoas.
O comércio de escravos estava solidamente implantado no continente Africano e existiu durante milhares de anos. Nações Africanas como os Ashanti do Ghana e os Yoruba da Nigéria tinham as suas economias assentes no comércio de escravos. O tráfico e comercio de escravos era intercontinental, registando-se um grande comércio de escravos europeus nos mercados Africanos já durante o Império Romano. Mais tarde com o tráfico de eslavos, os saqaliba, que eram levados para o Al-Andaluz o comércio passou da Europa para África, e continuou com os raids dos Piratas da Barbária que duraram até ao fim do século XIX.
O tráfico de Africanos para o Brasil deu-se paralelamente ao tráfico de Europeus para África. Os portugueses começaram o seu contato com os mercados de escravos Africanos para resgatar cativos civis e militares. Quando Catarina de Áustria autoriza o tráfico de escravos para o Brasil o comercio de escravos oriundos da África, que antes era dominado pelos Africanos, passa a ser também dominado por Europeus.
As listas dos resgates de cativos escravizados e libertados durante o reinado de D. João V revelam que até brasileiros chegaram a ser capturados e vendidos no mercado Africano.[1]
Os escravos Africanos que os portugueses comerciavam, no começo passavam por Portugal, onde uma parte menor era levada principalmente por via marítima, para outros países europeus e outra parte destinava-se ao Brasil e ilhas. Mas, com o passar do tempo, longe de se pensar na extinção dessa atividade, ela toma um impulso vigoroso, agora com o forte aval da Igreja Católica, com a justificativa de que os portugueses fariam os