historia
Não entendi! Dirá você. Os setores populares, vários setores médio-urbanos e ate os setores mais ricos da elites brasileiras queriam a abolição da escravidão. Porque então ela não acontecia?
Perceba uma coisa, alem desse apoio social pro-abolição ainda existiam as pressões internacionas o que reforçava muito esse movimento. O problema era que as elites que controlavam o congresso nacional não queriam abolição e o imperador apesar de não poder faze-lo não fazia. Preferiram manter o escravismo ate o seu esgotamento completo. Pensando em termos sociais essa questão clareia o comportamento desse Estado com o povo. As elites que detinham o poder político preferiram seus privilegios de donas de seres humanos, entravando inclusive o desenvolvimento econômico de outros setores da elite econômica. Tanto o Partido Liberal quanto o conservador tornaram-se defensores da conservação da escravidão. A posição do Estado brasileiro acabou por desgasta-lo favorecendo sua crise. Um bom exemplo dessa crise pode ser verificada no surgimento em 1870 do Partido Republicano que a partir de 1871, com a convenção de Itu , tornou-se a voz dos cafeicultores. Imagine, as elites responsáveis por quase metade das exportações Brasileiras falava em Republica.
Enquanto isso o Congresso Nacional controlado pelos setores mais conservadores das elites brasileiras buscavam prorrogar a escravidão. Criaram leis com objetivos de diminuir as pressões internacionais (as chamadas "leis para ingles ver ") como a do ventre livre ( 1871) e das sexagenário (1885) mas se negaram a discutir o tema central: a abolição.
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