Historia
1) De acordo com Jean-Jacques Roubine no capítulo “Da Tragédia ao Drama” de seu livro Introdução às Grandes Teorias do Teatro, como e por que nasceu e se desenvolveu o drama burguês na França? Que reivindicações foram feitas por seus defensores? Que vantagens apresentaria esse novo gênero? Por que se poderia afirmar que o espelho era uma boa metáfora para o palco francês do século XVIII? Que argumentos foram utilizados pelos Iluministas franceses do século XVIII para destronar o Classicismo e a tradição aristotélica na França?
Segundo Jean-Jacques Roubine, num cenário Francês onde prevalecia o teatro seguindo fielmente as bases aristotélicas, pode-se dizer que as mudanças que proporcionaram o surgimento do drama burguês começaram com Perrault (1687), que lança crítica ao modelo existente. Ele atribui ao teatro a lei universal do progresso, como qualquer outra produção humana, também está sujeita aos processos de evolução. Ao apontar o aperfeiçoamento estético ao longo dos tempos, questiona a superioridade “imbatível” dos Antigos e lança olhar sobre a possibilidade e necessidade de transformação de suas bases teóricas, antes imutáveis, para novas práticas de construção. A partir disso, o autor aponta o surgimento de duas vertentes de mutação do modelo antigo. A primeira é a “relativista”, que defende uma modificação no modelo atual para que se possa adequar às necessidades contemporâneas. A segunda é a “radical”, sendo esta adepta à ruptura com o modelo aristotélico, utilizando apenas o que lhe sirva para a construção de um novo modelo. Devido às limitações impostas pelas leis rígidas do modelo dominante aos escritores franceses, os defensores de um novo modelo reivindicaram a necessidade de soberania e liberdade de invenção. Com isso modifica-se o papel do escritor criador, que ao possuir a liberdade para desenvolver sua criação, agora poderia estipular sua própria estética da forma que melhor contribuísse para sua criatividade,