Historia do catolicismo
A palavra Igreja Católica ou catolicismo para referir-se à Igreja Universal é utilizada desde o século I, alguns historiadores sugerem que os próprios apóstolos poderiam ter utilizado o termo para descrever a Igreja.[7] Registros escritos da utilização do termo constam nas cartas de Inácio,[8] Bispo de Antioquia, discípulo do apóstolo João, que provavelmente foi ordenado pelo próprio Pedro.[7]
Em diversas situações nos primeiros três séculos do cristianismo, o Bispo de Roma,[9] considerado sucessor do Apóstolo Pedro, interveio em outras comunidades para ajudar a resolver conflitos,[10] tais como fizeram o Papa Clemente I, Vitor I e Calixto I. Nos três primeiros séculos a Igreja foi organizada sob três patriarcas, os bispos de Antioquia, de jurisdição sobre a Síria e posteriormente estendeu seu domínio sobre a Ásia Menor e a Grécia, Alexandria, de jurisdição sobre o Egito, e Roma, de jurisdição sobre o Ocidente.[11] Posteriormente os bispos de Constantinopla e Jerusalém foram adicionados aos patriarcas por razões administrativas.[11] O Primeiro Concílio de Niceia em 325, considera o Bispo de Roma como o "primus" (primeiro) entre os patriarcas, afirmando em seus quarto, quinto e sexto cânones que está "seguindo a tradição antiquíssima",[12] embora muitos interpretem esse título como o "primus inter pares" (primeiro entre iguais). Considerava-se que Roma possuía uma autoridade especial devido à sua ligação com São Pedro.[13]
Uma série de dificuldades complexas (disputas doutrinárias, Concílios disputados, a evolução de ritos separados e se a posição do Papa de Roma era ou não de real autoridade ou apenas de respeito) levaram à divisão em 1054 que dividiu a Igreja entre a Igreja Católica no Ocidente e a Igreja Ortodoxa no Leste (Grécia, Rússia e muitas das terras eslavas, Anatólia, Síria, Egipto, etc.). A esta divisão chama-se o Cisma do Oriente.
A grande divisão seguinte da Igreja Católica ocorreu no século XVI com a Reforma Protestante,