Hipertensão Arterial Sistêmica
1. Introdução
Podemos definir hipertensão arterial sistêmica (HAS) é definida como uma entidade clínica na qual o indivíduo apresenta níveis médios de pressão arterial que conferem um significativo aumento do risco de eventos cardiovasculares, a curto ou longo prazo, justificando uma programação terapêutica.
Indivíduos com valores de pressão arterial (aferidos em duas consultas diferentes) maiores ou iguais a 140x90mmHg são considerados hipertensos. Chegou-se a este valor após metanálise de diversos estudos que demonstraram que iniciar o tratamento anti-hipertensivo após este nível beneficiaria os pacientes.
A prevalência estimada de HAS no Brasil é de 20-30%, entre os adultos, sendo proporcionalmente maior com o avançar da idade. Nos indivíduos acima de 60 anos de idade, cerca de 65% apresentam-se hipertensos.
Por ser assintomática na maioria dos casos, a HAS somente é diagnosticada após a ocorrência de um evento cardiovascular, sendo, portanto, sub-diagnosticada, o que leva a conclusão de que a incidência pode ser bem maior do que os registrados.
2. Diagnóstico Clínico da Hipertensão Arterial
Devido à variabilidade fisiológica da PA, deverá ser obtida a média de vários valores aferidos, em diferentes situações e momentos, para estabelecer o comportamento da PA do individuo e dizer se ele é hipertenso ou não. Exceção se, na primeira aferição, a PA estiver em valores muito altos (acima de 180x110), os quais já inferem o diagnóstico.
Hipertensão do Jaleco Branco: ocorre quando o individuo apresenta aferições de PA igual ou superior a 140x90, somente na presença de um profissional de saúde. Quando a PA é aferida em casa, por qualquer outra pessoa, ou quando os valores são determinados pela M.A.P.A., quase todas as medidas encontram-se abaixo de 140x90.
Devido a estes fatores, podemos diagnosticar a HAS de três maneiras:
1. PA no consultório: média entre duas medidas da PA, em pelo menos duas consultas, com níveis