HIPERTENSAO PULMONAR
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE
Paulo R. Margotto Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP) no RN caracteriza-se pela ausência da diminuição fisiológica da pressão da artéria pulmonar ao nascimento, com conseqüente manutenção de um shunt D-E pelo canal arterial e pelo foramen ovale, provocando hipoxemia refratária a oxigenioterapia. A pressão na artéria pulmonar do feto está em torno de 60-80 mmHg caindo para 18-20mmHg (começa a cair a partir da 6ª a 8ª hora de via) ao final do 1º dia de vida e continua caindo por um certo período de tempo. No RN com HPP, a pressão na artéria pulmonar está ao redor de 70-80mmHg, superior a pressão sistêmica, que está ao redor de 50-55mmHg. Acredita-se que um em cada 500-1.500 nativivos desenvolve HPP e 1 a 4% das admissões na UTI neonatal tem a HPP como diagnóstico principal.
FISIOPATOLOGIA A HPP pode ocorrer secundariamente a alterações na estrutura vascular, com hiperplasia e hipertrofia da camada muscular, na vigência de redução do leito vascular pulmonar e, principalmente, devido à manutenção do tônus vascular aumentado, que representa a maior parte dos casos. Do ponto de vista anatomopatológico, se observa no RN com HPP uma extensão da musculatura lisa ao longo das artérias pulmonares, indo até a zona intra-acinar, incluindo alvéolos, ducto alveolar e início dos bronquíolos respiratórios, com conseqüente aumento da resistência pulmonar e relativa obstrução do fluxo sanguíneo. Observe a figura a seguir:
Murphy J, Rabinovitch M, Goldstein J, et al. J Pediatr 98:964, 1981
Devido a uma diversidade de condições que cursam com HPP, é útil subclassificar esta síndrome nas seguintes categorias propostas por Geggel e Reid:
Má-adaptação: caracteriza-se por uma vasoconstricção pulmonar com desenvolvimento estrutural e anatômico normais, sendo causada por substâncias mediadoras que alteram a vasoreatividade pulmonar. Esta condição reversível tem sido observada nos casos de stress