Síndrome da Hipertensão Pulmonar: a Ascite em frangos de corte
Pecuária e Abastecimento
ISSN 0102-3713
Síndrome da Hipertensão Pulmonar: a Ascite em Frangos de Corte
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Introdução
Na avicultura intensiva é crescente a manifestação de distúrbios metabólicos.
As chamadas doenças metabólicas adquiridas são processos patológicos causados por falhas na resposta fisiológica de determinados órgãos ou sistemas, relacionados com o sistema de produção. Não existe um patógeno primário envolvido e, especialmente nas linhagens de rápido ganho de peso corporal, esses problemas ocorrem devido à pressão a que são submetidas certas atividades vitais das aves para que atinjam os altos índices de produção vigentes. Dentre os distúrbios metabólicos também chamados de doenças da produção, destacam-se a síndrome ascítica (SA), a síndrome da morte súbita
(SMS) e a discondroplasia tibial (DT), todas causando elevadas perdas à avicultura industrial.
A síndrome ascítica é uma condição patológica específica multifatorial que se caracteriza pelo acúmulo de líquido na cavidade abdominal (Fig. 1). Sua manifestação é associada à sobrecarga fisiológica e metabólica, devido a maior velocidade de ganho de peso corporal dos frangos de linhagens melhoradas geneticamente. Conhecida também como “barriga d´água dos frangos” e
“síndrome da hipertensão pulmonar (SHP)”, acomete as linhagens de frangos de corte selecionadas para alta taxa de crescimento corporal. É considerada uma síndrome devido ao caráter multifatorial que determina a manifestação do processo. Apresenta um quadro clínico específico, caracterizado por hipertensão pulmonar, falha cardíaca e congestão passiva generalizada que culmina com o extravasamento de líquido na cavidade abdominal.
Concórdia, SC
Novembro, 2001
Autores
Fátima R.F. Jaenisch
Méd. Vet., M.Sc.
Embrapa Suínos e Aves
Caixa Postal 21
CEP 89.700-000
Concórdia-SC
fatima@cnpsa.embrapa.br
Helenice Mazzuco
Zootec., M.Sc.
Embrapa Suínos e Aves