Herzberg
Frederick Herzberg foi o autor norte-americano que desenvolveu a “Teoria dos dois fatores”. Para tal desenvolvimento, o autor estudou o comportamento e a motivação das pessoas dentro das empresas. Ao desenvolver seus estudos, Herzberg entrevistou diversos funcionários com o objetivo de identificar fatores que causam satisfação e insatisfação nos profissionais.
Segundo Herzberg (1997), os fatores relacionados à satisfação e motivação no trabalho são distintos dos fatores que levam à insatisfação, sendo que o oposto da satisfação é a ausência desta, e não a insatisfação. Da mesma forma, o oposto da insatisfação é a ausência de insatisfação, e não a satisfação, como muitos pensariam.
Após coletar os dados, o autor dividiu tais fatores em dois campos: motivacionais e higiênicos. Os primeiros são chamados também de fatores intrínsecos e, como o próprio nome diz, levam à motivação. Como exemplo têm-se as execuções, o reconhecimento por estas, o trabalho em si, a responsabilidade e o crescimento ou progresso. Já os segundos fatores, também chamados de extrínsecos, são aqueles que evitam que o funcionário sinta-se insatisfeito com seu trabalho, como a política e administração da empresa, a supervisão, o relacionamento interpessoais, as condições de trabalho, o salário, o status e a segurança.
Assim, Herzberg (1997, p. 57) exemplificou a motivação a partir da seguinte situação:
“Se eu chutar meu cachorro (pela frente ou por trás), ele sai do lugar. E quando quiser que ele saia novamente do lugar, o que preciso fazer? Preciso chutá-lo novamente. Da mesma forma, posso carregar a bateria de uma pessoa, depois recarrega-la e recarrega-la novamente, mas só podemos falar de motivação se tivermos um gerador próprio. Só assim precisamos de estímulo externo. Vamos querer sair do lugar.”
Assim, concluiu que a motivação é uma função do crescimento a partir da obtenção e recompensas intrínsecas por um trabalho interessante e desafiador.