HENRI WALLON: ADOLESCENCIA E PUBERDADE
Wallon participou da primeira (1914-1918) como médico, o que lhe proporcionou a oportunidade de, ao tratar feridos, observar lesões orgânicas e seus reflexos sobre processos psíquicos.
Na segunda (1939-1945), participou do movimento da Resistência contra os invasores nazistas, o que reforçou ainda mais sua crença na necessidade de a escola assumir valores de solidariedade, justiça social, antirracismo como condições para a reconstrução de uma sociedade justa e democrática.
Sua trajetória acadêmica revelou sólida formação em filosofia, medicina, psiquiatria, áreas que configuraram seu interesse em psicologia. Suas obras e atividades também se voltaram para a educação e culminaram no Projeto Langevin-Wallon, proposta constituída, junto com o físico Langevin e outros educadores, para a reforma completa do sistema educacional francês após a Segunda Grande Guerra (1947).
Wallon dedicou-se primeiro à psicopatologia. Em 1914 registrou 214 minuciosas observações de crianças de 2 a 15 anos, internadas em serviços psiquiátricos com profundas perturbações de comportamento: instabilidade, delinquência, perversidade etc. Esse estudo deu origem a sua tese de doutoramento, depois transformada em livro, L’Enfant Turbulent (1925).
Depois da psicopatologia, Wallon dedicou-se ao desenvolvimento da criança, considerando que a questão fundamental dessa área é o estudo da consciência e que o melhor caminho para entende-la é buscar sua gênese, sua origem. Concentrou-se, então, no processo de desevolvimento para explorar as origens biológicas da consciência.
Da análise e suas observações, comparando semelhanças e diferenças entre o desenvolvimento de crianças normais e patológicas, entre crianças e adultos, foi extraindo os princípios reguladores desse processo e identificando seus vários estágios. Assim