Helvética
Claro que a família tipográfica Helvética não é unanimidade, no filme pudemos reparar este detalhe nos depoimentos de Erik Spiekermann. O tipógrafo contesta a tipografia, alegando que ela é de mau gosto e que a grafia feita a mão das pessoas está milhas a frente da Helvética. Ele também insinua que o uso frequente da Helvética se dá por esta ser “onipresente”, como se os designers não tivessem alternativa a não ser utilizá-la, comparando-a ao ar, pois as pessoas precisam do ar, precisam respirar. Quando questionado pelo entrevistador por que, então, 50 anos depois ela ainda é tão popular? Ele suspira e responde, “Porque... se trata de um mau gosto onipresente?”.
Ao meu ver, Erik Spiekermann tem para si que uma tipografia deve remeter a uma marca, dando a ela identidade visual, e com a universalidade da Helvética, podendo ser usada em marcas mais sérias e elegantes, como também nas mais despojadas, quebram esse conceito.