hegel e sua dialetica
Hegel nos apresenta um método que permite compreender o pensamento e a realidade como processo, o movimento como desenvolvimento com base na contradição. Parte do sentido de ser, que é a tese, a qual deverá manifestar-se através da antítese, ou o não-ser. Da contradição entre ser e não-ser, ou tese e antítese, surge a síntese, ou o vir-a-ser. Para Hegel, a ciência do pensamento, em seu modo verdadeiro, deve coincidir com a ciência do ser.
A dialética marxista
Karl Marx e Friedrich Engels (1820/1895) reformam o conceito hegeliano de dialética: utilizam a mesma forma, e introduzem um novo conteúdo. A essa nova dialética, chamam de materialista. Para eles, o movimento histórico é derivado das condições materiais da vida.
A dialética materialista analisa a história do ponto de vista dos processos econômicos e sociais. A história é dividida em quatro momentos: antiguidade, feudalismo, capitalismo e socialismo. Os três primeiros são vencidos por uma contradição interna, chamada “germe da destruição”. A contradição da antiguidade é a escravidão; a do feudalismo são os servos; e a do capitalismo é o proletariado. O socialismo seria a síntese final, momento em que a história cumpre seu desenvolvimento dialético.
O método dialético desenvolvido por Marx, o método materialista histórico dialético, o faz interpretando a realidade, visão de mundo e exercício. A reinterpretação da dialética de Hegel, diz respeito, principalmente, à materialidade e à concretude. Para Marx, Hegel trata a dialética idealmente, no plano do espírito, das idéias, enquanto o mundo dos homens exige sua materialização. É com esta preocupação que Marx deu o caráter material (os homens se organizam na sociedade para a produção e a reprodução da vida), e o caráter histórico (como eles vêm se organizando através de sua história).
Marx utilizou o método dialético para explicar as mudanças importantes ocorridas na história da humanidade através dos tempos. Ao estudar determinado