havighurst
COTIDIANO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Rodrigo Rodrigues Ferreira
Especializando em Psicopedagogia Clínica e Institucional
RESUMO: O artigo traz um breve histórico sobre a dicotomia corpo/mente segundo
Castro,Andrade e Muller (2006) com o intuito de refletir e buscar possíveis interpretações sobre a presença de atividades motoras no cotidiano da Educação Infantil. O embasamento teórico do desenvolvimento desse trabalho cita vários autores, porém destaca-se Gallahue (2005) com ênfase no que o autor se refere ao desenvolvimento humano a partir de uma variedade de estruturas teóricas baseadas em Sigmund Freud(1856-1939), Erik Erikson (1902-1994), Arnol Gesell (18801947), Robert Havighurst (1900-1991) e Jean Piaget (1896-1980) e outros. Estabelece a partir desses referenciais teóricos, um diálogo crítico sobre a presença das atividades motoras no dia a dia de uma sala de aula em um Centro Municipal de Educação Infantil em Divinópolis, MG. Busca-se identificar distâncias e
aproximações entre os referenciais teóricos e as atividades motoras
praticadas pelas crianças, finalizando-se assim com sugestões corroboradas por Neto (2004) que tornam-se relevantes para o processo de construção de propostas sociopolíticas e culturais na
Educação Infantil contemporânea.
Palavras-chave: educação infantil, motricidade, cotidiano da sala de aula.
1. Introdução
A discussão entre corpo e mente tem sido objeto de pesquisa ao longo da história. Segundo Castro,
Andrade e Muller (2006) desde os primórdios constata-se a intenção do homem de cuidar dos corpos atribuindo o significado de forças transcendentes atuando diretamente nesses corpos. Na mitologia grega tem-se a presença de deuses como Apolo, Esculápio, Higéia e Panaceia que trazem a imagem de saúde através de seus corpos.
Posteriormente Hipócrates, Platão e Aristóteles já consideravam o homem como um ser único, indivisível. Demócrito retrata o corpo como, habitação da