Harlow
Dizem que não há ninguém como uma mãe. Para alguns animais, esta sentença adquire tanta força que pouco importa que a mãe seja um simples pedaço de arame com forma vagamente maternal. A experiência de Harlow: quando o carinho é mais importante que o sustento - Metamorfose Digital http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=13373#ixzz29BQpoHZu
O psicólogo Harry Harlow foi bem além: persuadiu seu amigo Robert Zimmerman a realizar uma experiência com macacos. Colocaram 8 filhotes em jaulas separadas e em cada uma delas tinha um modelo de mãe feito de uma espécie de manta de lã e outro feito de arame.
O modelo de arame tinha um dispositivo pelo qual era possível beber leite. O de manta, não. O lógico é pensar que os macacos optaram pelas mães de arame, afinal dão mais comida que as de manta. No entanto, os macacos preferiam a segunda indicando que no fundo o que importa é que recebam carinho, de modo que sempre preferirão a uma mãe carinhosa e agradável a um pedaço de arame, ainda que isto dispense uma maior quantidade de alimentação. Dito com outras palavras: o amor maternal é uma emoção que não precisa ser alimentada com um mamadeira ou com uma colher. O amor está acima das coisas materiais.
Depois fizeram mais experimentos que concluíram o seguinte: as mães que se mexiam eram preferidas com respeito às mães que ficavam quietas, e as que eram quentes com relação às que estavam frias.
Isso, segundo Harlow, como disse em uma conferência conhecida como "A Natureza do Amor", demonstrava que a base do amor que uma criança sente por sua mãe não é que a mãe seja unicamente a fonte de alimentação.
No amor há algo mais que somente recompensa e castigo; há algo inato e benéfico por si mesmo na preferência de um bebé por uma mãe cálida e suave.