A importancia do apego
(1934) sobre “imprinting”1 poderiam ter algumas implicações relevantes para o estudo de desenvolvimento dos vínculos em seres humanos e partindo da base conceitual e metodológica da etologia, John Bowlby propôs, em 1958, que, assim como em outras espécies animais, os bebês humanos seriam programados para emitir certos comportamentos que eliciariam atenção e cuidados e manteriam a proximidade do cuidador. Bowlby estava descartando a idéia do impulso primário, que associa a alimentação à razão pela qual a criança desenvolve um forte laço com sua mãe e substituindo-a pelo sentimento de segurança, atribuindo a ele a noção de função biológica de proteção.
Um suporte de força para esse passo veio logo depois com a descoberta de
Harlow de que, em outra espécie primata – macaco Rhesus – os jovens mostram preferência marcante por uma mãe-boneca macia, apesar de ela não os alimentar, ao invés de uma mãe-boneca dura (de arame) que os alimenta
(Harlow e Zimmerman, 1959 apud Bowlby, 1989 p38)
A partir do conjunto da obra de Bowlby se pode estabelecer as definições de comportamento de apego e suas características.
Assim, comportamento de apego é definido como:
Qualquer forma de comportamento que resulta em uma pessoa alcançar e manter proximidade com algum outro indivíduo, considerado mais apto para lidar com o mundo (Bowlby, 1989, p.38).
Os comportamentos de apego se referem a um conjunto de condutas inatas exibidas pelo bebê, que promove a manutenção ou o estabelecimento da proximidade com sua principal figura provedora de cuidados, a mãe, na maioria das vezes. O repertório comportamental do comportamento de apego inclui chorar, fazer contato visual, agarrarse, aconchegar-se e sorrir. (Bowlby, 1990)
O comportamento de apego será eliciado quando o bebê estiver assustado, cansado, com