Resenha crítica" Teoria do apego"
A teoria do apego de John Bowlby e suas influencias nas relações mãe-bebê.
O autor e psicanalista John Bowlby enfatiza em seu livro Apego, a natureza do vínculo, volume I, o primeiro relacionamento entre a mãe e o bebê através do comportamento de apego, onde é mostrada a importância desse primeiro contato. O comportamento de apego confere uma nova dimensão para a compreensão da natureza e origem dos vínculos afetivos, como eles interferem e tendem a durar por grande parte do ciclo da vida.
Bowlby mostra exemplos nem só de seres humanos, mas analisa o comportamento de animais com suas crias para mostrar que essa necessidade do filhote em se manter próximo de sua figura materna é comum em todos os seres, em alguns com mais intensidade. Vejamos o exemplo dos animais, em que a mãe reconhece individualmente cada filhote assim como estes a difere dos demais animais, mesmo que da mesma espécie. E, este tipo de comportamento não é impulsivo, são sistemas de comportamento onde a sua interação com o meio ambiente e com a sua figura principal, a mãe, desenvolvem no bebê esse tipo comportamental.
Há diversas teorias e hipóteses que procuram saber o porquê desse sentimento de apego, Bowlby afirma que, até 1958, podiam ser encontradas quatro principais teorias dentro da literatura psicológica e psicanalítica sobre a natureza e a origem do vínculo infantil: Teoria do Impulso Secundário, onde o bebê reconhece na mãe a fonte de suprimento de suas necessidades fisiológicas, Teoria da Sucção do Objeto Primário: o autor descreve que há no bebê uma propensão inata para relacionar-se com o seio humano, e ele percebe que este está relacionado à criatura humana da mãe, Teoria da Adesão ao objeto primário: necessidade de alimento e conforto, que a mãe pode proporcionar, e Teoria do Anseio Primário de Retorno ao ventre: onde os bebês buscam voltar para o ventre materno.
Para Bowlby, destas quatro teorias