Hanseniase

Hanseníase Virchowiana
A hanseníase, designação adotada no Brasil para a antiga doença de lepra, é uma doença infecciosa crônica causada pelo Bacilo de Hansen e classificado como Mycobacterium leprae.
É transmitida de pessoa a pessoa através do convívio, suscetível com doentes contagiantes sem tratamento, tem um período médio de incubação que vai de dois a sete anos; embora possa também apresentar períodos curtos de sete meses e longos de até dez anos.
O contato com M. leprae se faz principalmente pelas vias aéreas superiores e a infecção subclínica ocorre em uma grande proporção de pessoas, porém não podemos deixar de mencionar a possibilidade de penetração do bacilo pela pele, por meio de solução de continuidade, contato direto da pele através de feridas de doentes. É necessário um contato íntimo e prolongado para a contaminação.
É uma doença predominantemente de pele, mucosa e nervos periféricos. De acordo com a classificação no Brasil são quatro formas de manifestação: forma indeterminada (P), tuberculóide (P), dimorfa (M) e virchowiana (M).
Acomete pele, mucosa e nervos periféricos. Considera-se o homem como o único reservatório natural do bacilo, apesar do relato de animais selvagens naturalmente infectados (tatus e macacos).
Os bacilos se alojam em regiões frias (pele, trato respiratório superior, olhos, testículos, linfonodos que drenam a pele, troncos nervosos, macrófagos do fígado, baço e suprasional). O acúmulo de macrófagos rico em bacilos é denominado célula de Virchow, formando um granuloma característico da hanseníase.
Caracteriza-se por lesões simétricas em tronco e face, principalmente. O paciente apresenta rosto inchado, perda de pêlo e cabelo (madarose), fáscies de “máscaras” pela perda dos nervos (não externa sentimentos) do rosto, sendo denominada de fáscies leonina que é característica da fase avançada.
Imunopatologia
Demonstrou-se que o M. leprae é um bacilo com alto poder infectante e baixo poder patogênico. Depois da sua entrada