Hannah Arendt, Eichmann e a banalidade do mal
Hannah Arendt é uma filósofa e judia nascida na Alemanha, vivendo em um período conturbado da Europa, assistindo à consolidação do nazismo – o Terceiro Reich – fundado pelo Adolf Hitler. Hannah foi detida pela polícia secreta do Estado alemão, virando prisioneira no campo de concentração na França, logo, exilada e sem direitos políticos, foi para os Estados Unidos, adquirindo a cidadania norte-americana. O filme “Hannah Arendt”, lançado em 2013, trata-se sobre um episódio da vida de Hannah, no qual ela se posiciona em relação ao julgamento de Adolf Eichmann, um dos arquitetos da Solução Final, do desenho dos campos de concentração nazistas para a eliminação de judeus. Adolf Eichmann era um político do Estado alemão, responsável pela identificação, transporte e eliminação dos cidadãos “de pouco grado”, fazendo esta sua função de maneira exemplar. Após terminada o período do Terceiro Reich, Eichmann foi encontrado na Argentina, assim, levado para Israel para ser julgado por crimes à Humanidade. No filme, o New Yorker oferece a oportunidade de Hannah ir à Israel para cobrir o julgamento, assim relatando todas as suas impressões e o que aconteceu, e a revista publica tudo em 5 artigos. No julgamento em 1961, Hannah se manteve imparcial e tenta entender o lado de Eichmann, defendendo que ele estava sob às ordens de Adolf Hitler, assim, sendo inocente perante o sistema legal nazi, não cometendo nenhum crime – apenas crime contra à Humanidade, fora do sistema - durante a época da II Guerra Mundial. Chegando à conclusão de que Eichmann não era louco, sádico, cruel e não tinha nada contra os judeus, ficando evidente que ela o acha um homem banal, tratando-se de apenas obedecer o Estado, sem se questionar.
Segunda Parte O julgamento foi realizado na Beth Hamishpath (Casa da Justiça) em Israel, Jerusalém, onde Eichmann foi condenado a pena de morte, como esperado pela maioria das pessoas devido ao holocausto, mesmo que seu advogado, Robert