eichman em jerusalem
Johannah Arendt, mais conhecida como Hannah, era de família judia tradicional e nasceu em Hannover no dia 14 de outubro de 1906. Apesar de crescer na Alemanha, sempre seguiu as tradições judaicas.
Em 1913, Hannah perde seu pai para a sífilis, doença que o acometia desde antes do casamento com Martha, sua mãe, no qual acreditava que já estava curado.
Em 1920 Martha casa-se novamente. Hannah acompanha sua mãe e vai morar com seu padrasto Martin Beerwald e suas filhas. Arendt “nunca participou com grande entusiasmo da vida da nova família. Talvez jamais pudesse considera-la como sua. (MAY, 1986, p. 17)”
No mesmo ano matricula-se na Universidade de Marburg para estudar Filosofia e cinco anos mais tarde torna-se amante do seu professor, o filósofo Martin Heidegger. Heidegger era casado e posteriormente se juntaria ao nazismo, mas Hannah manteve-se ligada a ele durante vários meses. Seu romance fez manchetes e até hoje fornece material para estudos biográficos.
No final de 1925, deixou Marburg, achando que lhe era impossível continuar viver ali (MAY, 1986, p. 23) após o rompimento com Heidegger, e em 1926 ingressa na Universidade de Heidelberg, onde torna-se amiga do filósofo Karl Jaspers. Ele foi seu supervisor no preparo da sua tese de doutorado, que, após sua conclusão, foi publicada em 1929, sob o título O conceito de amor em Agostinho.
No mesmo ano de sua primeira publicação, Hannah casa-se, pela primeira vez, com Günther Stern, jovem judeu alemão de grande inteligência, como define Derwent May, e se muda para Frankfurt, mas esta união, ao contrário do que sua mãe imaginava, duraria apenas alguns anos. Nesta época Hitler ascendia ao poder na Alemanha alterando radicalmente a vida da filósofa de origem judaica, que até então desdenhava da esfera política.
Quando Martin Heidegger se tornou o primeiro reitor nacional-socialista da Universidade de Freiburg, Hannah Arendt se afastou da filosofia e se engajou na