Comentários sobre o filme: Hannah Arendt
Hannah, filósofa e jornalista judia, se oferece para cobrir o julgamento de Adolf Eichman como forma de se reaproximar da história de seu país, que abandonou em 1941 devido ao nazismo
A jornalista viaja até Jerusalém para acompanhar o julgamento e começa a questionar a posição de vilão em que o réu é colocado
Apesar de ser judia e vítima da barbárie do nazismo, Hannah Arendt não concorda com a posição do júri de julgar um indivíduo por acontecimentos que não diziam respeito somente a ele, mas ao regime nazista como um todo. Mesmo a história a afetando diretamente, o pensamento ético de Hannah sobrepunha seus sentimentos
Eichmann, ao longo do julgamento, se mostra um fantoche do regime nazista, que abriu mão de suas convicções para obedecer à lei vigente. O indivíduo Adolf Eichmann não tinha crenças antissemitas, apenas se submeteu as convicções do regime ao qual pertencia, parou de pensar por si só e se deixou levar pela massa
Segundo a filósofa, Eichmann se mostra um homem incapaz de pensar, que se deixou levar pelos líderes do regime nazista. “De uma vida medíocre, desprovida de qualquer sentido ou importância, os ventos levaram Aldolf Eichmann para a História.”
No decorrer do filme, Hannah se mostra uma mulher ousada, faz uma reflexão inovadora sobre o Holocausto, e que mesmo sob duras críticas, se manteve completamente fiel às suas convicções
Apesar de ser pressionada por todos, Hannah continuou a escrever seu artigo e seguiu escrevendo suas reportagens, e mais tarde as compilou no livro “Eichmann em Jerusalém: uma reportagem sobre a banalidade do mal”. A jornalista e filósofa seguiu aquilo que acreditava ser ético, e apesar de ser criticada por toda a sociedade, não sucumbiu a hipocrisia daqueles que a pressionavam, seguiu com suas crenças e pensamentos.