eichman e jerusalem (resumo)
Fernando Silveira Melo Plentz Miranda
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Resumo
Este estudo tem por objetivo examinar o conceito da expressão banalidade do mal criado por Hannah Arendt após o julgamento de Adolf Eichmann pelo
Tribunal de Jerusalém.
Abstract
This study aims to examine the concept of the phrase banality of evil created by
Hannah Arendt after the trial of Adolf
Eichmann in Jerusalem Court.
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Palavras-chave: Segunda Guerra Mundial; Holocausto; Adolf Eichmann; Banalidade do mal.
Keywords: World War II; Holocaust; Adolf Eichmann; Banality of evil.
1 Introdução
Adolf Eichmann foi um nazista entusiasmado, apenas mais um entre tantos milhares que viveram na época do Terceiro Reich, sob o comando de Adolf Hitler e que, de uma forma ou de outra, ajudaram direta ou indiretamente, nos horrores praticados durante a Segunda Guerra Mundial. O holocausto cometido contra judeus e contra todos os indesejados, certamente foi arquitetado e planejado pelo primeiro escalão da organização nazista, sendo certo que Eichmann nunca ocupou cargos além do terceiro escalão da estrutura de poder nazista, uma vez que seu nome jamais ocupou lugar de destaque durante o conflito. Contudo, como muitos nazistas, Eichmann fez com que as ordens fossem cumpridas, com que os horrores fossem perpetrados, e se tornou “conhecido” somente após o término da
Guerra, durante o Tribunal de Nuremberg, por um motivo bem simples e muitíssimo humano, ele foi o bode espiatório dos nazistas encarcerados pelos
Aliados em Nuremberg. Quando o Reich caiu, Eichmann fora feito prisioneiro, mas
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Mestrando em Direitos Humanos Fundamentais no Unifieo, Especialista de Direito Empresarial pela PUC/SP. Professor do Curso de Direito da FAC São Roque. Advogado e Administrador de
Empresas.
Revista Virtual Direito Brasil – Volume 6 – nº 2 - 2012
fugiu e se escondeu na Argentina, o que motivou aos ainda encarcerados, que jogassem toda a culpa