Hanna

Victor Hugo Telles Slav – Relações Internacionais
Teoria Política
Resenha Crítica do filme Hannah Arendt
Hannah Arendt foi uma grande pensadora autora de obras como “Origens do Totalitarismo”, “O Que é política?” e cunhadora do termo “banalidade do mal”. Judia nascida na Alemanha e radicada nos Estados Unidos, lecionou por vários anos, foi feita prisioneira na França e migrou para os Estados Unidos, onde viveu. O filme Hanna Arendt (2012), dirigido por Margarethe Von Trotta, retrata a vida de Hanna durante sua cobertura ao julgamento do ex-oficial nazista Adolf Eichmann, capturado pelo exército israelense enquanto se escondia na Argentina, e suas consequências. A história começa com a abdução de Eichmann pelos israelenses e sendo levado para julgamento em Israel. O caso de Eichmann ganha notoriedade mundial e se transforma em um grande espetáculo. Arendt, ao saber de Eichmann, se oferece a revista New Yorker para fazer a cobertura do julgamento e escrever um artigo a respeito. No plano de fundo, há um enfoque interessante em suas relações pessoais (amigos, família e colegas de trabalho) e suas diversas opiniões a respeito do caso e seu envolvimento na cobertura. Seu marido, se opõe ao trabalho, que para ele, poderia avivar em Hannah sentimentos dolorosos do passado. A despeito disso, ela vai ao julgamento. Após essa decisão a história se torna marcante. Ela esperava encontrar o julgamento de monstro, aliado de um dos mais cruéis regimes que houvera no mundo, que buscasse durante o julgamento tentar ser absolvido. O que viu foi totalmente diferente. Além do réu ter sido sequestrado em solo estrangeiro, as acusações que lhe foram imputadas em alguns pontos extrapolaram suas responsabilidades pessoais. Algumas testemunhas que deram depoimentos sobre as injustiças que sofreram, familiares que perderam e outras mazelas. Embora verídicos os relatos, não necessariamente o Eichmann fez parte do sofrimento de todas elas. Tornou-se assim, o réu como sendo