Hanna Arnendt
419 palavras
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No livro de Hanna Arnendt “Entre o passado e o futuro” no capítulo “O que é autoridade.” A autora faz uma análise crítica na qual ela diz que a autoridade desapareceu no cenário moderno, ou seja, uma crise de autoridade acompanhou o desenvolvimento. Para estruturar sua argumentação ela toma base os conceitos vivenciados pela Grécia e Roma antiga, levando em conta muitos filósofos que falaram sobre o assunto. Para comprovar sua tese, Hanna Arendt afirma em seu texto que como Platão disse, não se pode unir violência e autoridade nem filosofia e autoridade, assim, um filosofo não poderia governar uma polis. Partindo dessa ideia a autora diz que a autoridade vai sumindo pois ela exclui algumas ideologias em seus governos, por exemplo a argumentação, pois só existe autoritarismo sem argumentação, pois ao argumentar perde-se autoridade, o mesmo ocorre com a violência. Com isso houve a decadência do império Romano, que passou o poder e a autoridade para a igreja, porém a base da de fortificação de seus dogmas ainda era a tríade da política romana (autoridade, religião e tradição). No desenvolvimento das sociedades perdeu-se um dos elementos da tríade, a autoridade, o que causou um furo da antiga base de poder político e religioso. Sem a sociedade obedecer os dogmas da igreja, o povo perdeu o medo do que a igreja condenava, com isso o povo perdeu o medo do inferno, o que tirou o poder de grande parte da igreja Cristã. Essa ideia de desaparecimento da autoridade também aparece em outro livro estudado na “Corrosão do caráter” de Sennett. No texto a ideia da modernidade e da falta de autoridade é muito presente, tanto na vida familiar do protagonista quanto na vida empresarial dele. As ideias de que hoje as empresas, os trabalhos e os horarios estão cada vez mais flexíveis, e que com isso o funcionário é corrompido e não consegue ter autoridade para dar exemplo para os filhos, criando uma sociedade cada vez menos autoritária e com novos valores. Por outro lado,