Guaranis
Segundo o Antropólogo Tonico Benites, índio Guarani - Kaiowá, o número de líderes indígenas mortos vem crescendo desde 1970 por serem militantes em favor dos direitos dos Kaiowás.
Benites vem trazer que a mídia subverte os valores dos índios transmitindo para a massa que os índios vão se suicidar, mas esclarece que para o povo indígena, suicidar significa morrer para salvar a próxima geração, esclarece que se trata de uma filosofia dos índios Kaiowás. A mídia faz o seu papel de negativizar à imagem do índio, colocando que os índios querem o território do MS, mas o que eles querem é apenas 3% de uma terra que é deles, e dessa forma, a mídia coloca a sociedade contra deles, dizendo que os índios vão invadir os centros urbanos.
O assunto discutido traz o foco para a necessidade dos Índios Kaiowás que buscam junto à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, a retomada de parte de suas terras regularizadas em favor dos fazendeiros locais, ou seja, os índios buscam uma política de reparação e não de invasão daquilo que já é seu.
O índio luta por suas terras, mas as terras estão sendo destruídas, desmatadas, estão sem os recursos naturais, e diante disso, como os Kaiowás vão sobreviver? Vivendo as margens das estradas do Mato Grosso do Sul, com crianças sem pais, com fome e num estado de miserabilidade.
O Antropólogo trouxe que os índios sofrem ameaças, são assassinados, e que as autoridades precisam fazer algo, pelo menos se dispor a ler as cartas que ele fazem para se fazer ouvir, mas nem isso o Estado tem feito. Que do contrário do que muitos pensam, os índios estudam e procuram conhecer os seus direitos.
Outra questão que tentou esclarecer é o fato de que os índios lutam por seus direitos sem pegar em armas, pois a mídia tem exercido essa função de trazer uma imagem do índio agressivo, violento. Mas que isso não corresponde com o