tupis guaranis
Entre cerca de 1.500 e 1.000 d.C, no Brasil encontravam-se núcleos de povoamento tupi-guarani que se caracterizam, entre outras coisas, por serem agricultores de florestas tropicais. A partir do local que hoje é o estado de Rondônia, os grupos dispersaram-se pelas bacias do Rio Paraguai, ocupando depois o litoral brasileiro. Apesar de possuírem modos de vida parecidos e culturas semelhantes, não formavam um único tipo de sociedade. Às vezes os grupos eram rivais uns dos outros, sendo as diferenças regionais.
Sistema tribal – a forma de vida tupi-guarani
Organizados em sistemas tribais, que se caracterizam pelas relações de parentesco, ou seja, a cooperação entre descendentes de um ancestral em comum, os índios tupi-guaranis se agrupavam em aldeias. As aldeias se localizavam geralmente próximas a rios e eram cercadas. Dentro do espaço cercado construíam-se as casas e formava-se o pátio. Neste pátio eram realizadas as reuniões da comunidade, as cerimônias, ou seja, os fatos importantes da aldeia. As casas eram construídas de madeira e cobertas com folhas de palmeiras. Em cada casa vivia uma família, constituída não apenas de mãe, pai e filhos, mas de um chefe e todos os seus descendentes.
Cada aldeia tinha um líder (cacique) que a representava e que era o mais valente nas guerras. Mas não existiam diferenças entre o que as pessoas possuíam ou faziam, mas sim uma divisão de tarefas entre homens, mulheres e crianças. As mulheres cuidavam das crianças, da comida, da plantação, da colheita, da preparação das bebidas, da fabricação de cerâmica; enquanto os homens caçavam, pescavam e lutavam nas guerras. O líder de cada aldeia não tinha o poder de um rei. Ele trabalhava como os outros homens do grupo, e seu poder de liderança era exercido durante as reuniões, nos períodos de guerra ou em situação de calamidade. Quando havia alguma ameaça à tribo ou um grande trabalho a fazer, todos se uniam.
Economia tupi-guarani: economia de subsistência