griots história Africana
Griot é como são chamados, em alguns povos da África, os contadores de histórias. Possuem uma função especial que é a de narrar as tradições e os acontecimentos de um povo. O costume de sentar-se embaixo de árvores ou ao redor de fogueiras para ouvir as histórias e os cantos, perdura até hoje. Os griots também são músicos e muitas vezes as narrativas são cantadas. O Império Mali, sob o comando de Soundjata Keita, por volta do século XIII confere importância notável a esses sábios. A construção da história de base oral é marca dos povos africanos antigos e o griot tem papel fundamental em sua estruturação.
Definição
Termo do vocabulário franco-africano criado na época colonial para designar o narrador, cantor, cronista e genealogista que, pela tradição oral, transmite a história de personagens e famílias importantes para as quais, em geral, está a serviço. Presente, sobretudo na África ocidental, notadamente onde se desenvolveram os faustosos impérios medievais africanos (Gana, Mali, Songai etc.), recebe denominações variadas, dyéli ou diali, entre os Bambaras e Mandingas, guésséré entre os Saracolês, wambabé, entre os Peúles, aoulombé, entre os Tucolores , e guéwel, (do árabe qawwal) entre os Uolofes.
(Diáspora Africana - Ney Lopes)
Artistas
O Mali possui, provavelmente, uma das mais ricas e antigas tradições musicais do mundo. Uma história com mais de mil anos de existência.
É apenas no Séc. XIII que os músicos ganham um estatuto especial ao tocarem para o primeiro imperador do Mali, o rei caçador Soundjata Keita.
Desde há 700 anos até hoje, os músicos de etnia Mandinga - da qual faz parte o rei fundador Keita – tem cantado a história do país e das notáveis personalidades que o compõem. Estes músicos de apelido Kouyaté, Diabaté e Sissoko são considerados Griôts (artistas nascidos em berço musical com um destino profissional traçado no código genético: animar a corte com canções épicas e de louvor acerca de actos heroícos dos