historia africana
No que diz respeito à África, faz-se necessário reconhecer que o manejo das fontes é particularmente trabalhoso, porquanto são escassos e frágeis os dados utilizados Tradicionalmente, têm-se utilizado as fontes escritas, que quando não são raras, encontram-se mal distribuídas no tempo no espaço, a arqueologia e a tradição oral, auxiliadas pela antropologia e pela lingüística que permitem substancializar a interpretação.
Analisando as fontes específicas da história da áfrica. Obenga (1980) observa que quanto mais os fundamentos da história africana se fazem conhecidos, mais essa história se diversifica e se constrói de múltiplas formas.
Para Ki-Zerbo (1980), quatro grandes princípios deveriam nortear a pesquisa historiográfica africana:
A interdisciplinaridade; A reintegração do fluxo do processo histórico no contexto do tempo africano; A visão histórica a partir do pólo africano e não por padrões de valores estrangeiros; O retorno às fontes africanas.
As fontes escritas
O período mais obscuro da história da África são precisamente aqueles que não experimentaram as informações que emanam dos relatos escritos, por exemplo, os séculos anteriores e posteriores ao nascimento de Cristo, a porção norte do continente é uma exceção. Entretanto, mesmo quando esse relato existe, sua interpretação provoca frequentemente dificuldades e ambigüidades.
No âmbito quantitativo, um número considerável de materiais escritos de caráter narrativo ou arquivistico continuam ainda inexplorados, como atestam os inventários parciais dos inéditos manuscritos que dizem respeito à história da África subsaariana encontrados de bibliotecas do Marrocos e da Argélia.
Foi estabelecido pela UNESCO o Centro Ahmed Baba, em Tombuctu, para fomentar a coleta desses documentos.
Um dinâmico trabalho de resgate dessa fonte vem sendo realizado com sucesso pelos institutos de estudos africanos e centros de pesquisas históricas nas regiões africanas que