Griots no mali
Introdução
O extremo o este da África desenvolveu em seu território, não só os primeiros núcleos civilizacionais representativos da África negra, como também alguns dos maiores do seu tempo em todo o mundo. Nesse presente trabalho, busca-se tratar do notável Império do Mali, descobrindo-se através do mesmo como este império desenvolveu-se por meio de lutas entre civilizações regionais e disputas religiosas durante o final do século XII.
Busca-se, contudo, uma mostra de como a África negra teve em seu seio grandes núcleos civilizacionais e grandes impérios que puderam, em seu período áureo, se mostrarem maiores que muitos dos núcleos de civilizações consideradas grandiosas na história mundial. Essa história das grandes civilizações africanas, lamentavelmente, se restringiu durante grande período de tempo exclusivamente aos estudos sobre a civilização egípcia, negligenciando quase que completamente os impérios do período medieval africano.
O negro atualmente tem a visão imposta do período pós-colonial, mas, de quais negros estamos postamente falando? Sejam tanto os negros que atualmente vivem no Brasil, quanto os negros do próprio continente africano. A busca por uma identidade do negro teve esmagada sua pretensão diante da imposição ocidental sobre os mesmos, fazendo com que esqueçam que tem uma ancestralidade realmente original, dos impérios do Gana, Mali, e também do reino do Kamem-Bornu, entre tantos outros de cultura e civilização realmente de passado grandioso (Athayde, p 9).
Como reino, o Mali se definiu como unidade política tendo seu domínio exercido sob diversas etnias e religiões do Sudão Ocidental, dentre as quais se destaca a adoção do Islã mais como arma de comércio do que como religião em si, por parte do primeiro mansa: SundjataKeita. O reino do Mali teve, então, como uma de suas principais características o fato de ter diferentes etnias em um único reino, sendo que todas