Império Mali
Localizava-se no deserto do Saara, na África ocidental. Por serem escassos os vestígios arqueológicos desse povo, a maior parte dos relatos sobre sua existência foi revelada pelos griots, cantores, músicos e poetas, que transmitem as histórias do seu povo.
Os griots contavam que o povo mandinga, foi dominado pelo povo sosso de Gana, cujo rei era muito cruel e massacrou toda a família Keita, que reinava a região. O único sobrevivente dos Keita, Sundiata Keita, liderou os mandingas contra os opressores sossos, conquistou Gana e passou a reinar sobre um extenso território denominado Império Mali. No poder, Sundiata Keita anexou Gana e converteu-se ao islamismo, tornando-se mansa daquela região.
As principais cidades negras eram: Djenné e Tombuctu. Esta era a terceira maior cidade africana e agregava, a partir do século XIV, cerca de 150 escolas, que, contudo, eram restritas á elite, já que as aulas eram ministradas em árabe e não nos idiomas locais.
O apogeu do Império Mali, ocorreu durante o governo do mansa Kanki Mussá. Ele fez uma famosa peregrinação a Meca, levando consigo cerca de 60 mil pessoas e toneladas de ouro para distribuir para os mais necessitados, já que esse metal era o centro da economia malinesa. Diz-se que a distribuição foi tão grande, que o preço do metal precioso despencou.
No século XV, porém o Mali começou a perder territórios para outros reinos negros, além disso, uma nova ameaça surgira: os portugueses. O rei de Portugal, Dom João II enviou a Mali uma embaixada, que pouco a pouco foi reunindo informações sobre o Império africano a fim de penetrar ainda mais o território malinês. Como não possuíam armas de fogo como os portugueses, os malineses foram se submetendo aos europeus. O principal interesse dos portugueses era controlar o tráfico de escravos da região e, para isso, aproveitariam-se das rivalidades existentes entre os próprios povos africanos, incentivando a luta destes contra o imperador do Mali. Dentro de menos de