Gravimetria
Os temas referentes ao fim da vida têm possibilitado discussões bastante polêmicas e contraditórias por envolverem um tema tabu na nossa sociedade contemporânea - a morte. A determinação do momento da morte tem sido a base para tomada de decisão acerca de questões envolvendo eutanásia, transplantes, condutas em relação a pacientes terminais.
Relação enfermeiro - paciente terminal
O doente que durante a quase totalidade do tempo de evolução da doença permanece lúcido, com completa capacidade intelectual e afetiva, tem a consciência da gravidade da sua situação, o que condiciona uma atmosfera psico-afetiva densa.
Devemos ter sempre presente que o doente é uma pessoa e a relação interpessoal doente-médico, representa o eixo principal na prática da medicina. Raramente ausente, essa relação é muitas vezes preponderante. Os princípios sobre os quais se fundamenta a relação médico-doente têm por objetivo respeitar os interesses do doente, a sua autonomia e a sua dignidade. Para que isto aconteça é necessário que exista autenticidade na comunicação.
O doente inicialmente fica bastante perturbado pelo aparecimento da doença na sua vida. Ele vai ter necessidade de conhecer a verdade. É freqüente revoltar-se contra o médico, mas se a informação for veiculada de forma verdadeira, este ressentimento vai durar pouco tempo. Consciente da gravidade do seu estado, uma boa relação com o seu médico é uma base de apoio importante. Esta passa por uma boa comunicação, que vai inspirar um clima de confiança no doente. Pelo contrário, a ausência de comunicação pode representar uma fonte de sofrimento, ligada a um sentimento de solidão no combate à doença e contra a morte. Uma boa comunicação melhora a cooperação do doente e a participação na realização de exames complementares e tratamentos. Igualmente, quando a comunicação é eficaz, ela contribui para desdramatizar as situações sérias.
A comunicação tem um duplo sentido: para o médico, é tão importante