Grandes cidades
Grandes cidades são vistas como símbolos de riqueza, facilidade ao acesso a serviços e tecnologia. Entretanto a combinação de medo do crime e violência tem dado outra característica a essas cidades, a segregação sócio espacial. Essa segregação social e espacial tem estabelecido novas formas para se viver e sobreviver nas cidades, marcada principalmente pela divisão do centro, que são áreas mais valorizadas, e periferias - que são áreas com deficiência de serviços como saneamento básico e infraestrutura. Nas últimas décadas, em cidades diversas do mundo como São Paulo, Los Angeles, Johanesburgo, Buenos Aires,
Cidade do México e Maiami – como é apontado por Teresa Caldeira – diferentes grupos sociais, especialmente as classes mais abastadas usam a violência, a desordem e a criminalidade como justificativa para a segregação em condomínios de luxo.
Diante da crescente criminalidade tem-se desenvolvido diversas formas de isolamento como: loteamentos e condomínios fechados, sistemas de segurança para as casas, segurança privada. As classes mais favorecidas, do ponto de vista econômico, têm procurado se isolar do restante da cidade, abrigando -se em condomínios fechados, denominados de “enclaves fortificados.“ (CALDEIRA, 2007).
Esse tipo de moradia das classes tem acentuado a segregação espacial e a desigualdade social, pois nesse processo diferentes classes sociais tendem a se concentrar em diferentes áreas.
Para simbolizar tal segregação, os condomínios são construídos com muros altos em torno da propriedade, demarcando as partes de dentro e de fora. Há também portais de entrada onde é feita a identificação e a autorização de acesso aos moradores, funcionários e visitantes e impedindo a entrada no mesmo de pessoas estranhas e o tempo todo são monitorados por câmeras internas. Entretanto ocorrem algumas incompatibilidades como por exemplo ao desejo de segurança mútua e liberdade. Pois a suposta segurança é adquirida,