As grandes cidades
As grandes cidades chamadas de megacidades são áreas urbanas com mais de 5 milhões de habitantes. Atualmente, é nessas áreas que ocorre a maior parte do processo de urbanização global. As megacidades são mais do que apenas grandes cidades. Suas dimensões proporcionam novas dinâmicas e uma diferente complexidade e simultaneidade de fenômenos e processos - físicos, sociais e econômicos. Elas também são palco de interações intensas e intrincadas entre diferentes processos demográficos, sociais, políticos, econômicos e ecológicos. Naquelas que apresentam períodos de elevado crescimento econômico surgem frequentemente oportunidades consideráveis, bem como fortes pressões no sentido de mudanças, geralmente acompanhadas por degradação ambiental. As grandes cidades caracterizam-se por uma enorme diversidade demográfica. Nelas coexistem com frequência grupos de várias etnias, comunidades e estratos sociais com diferentes raízes culturais e estilos de vida. Devem ainda ser consideradas as variações de crescimento econômico, a polarização social, a qualidade das infraestruturas e de intervenção pública. São igualmente um foco de risco global. Caracterizam-se por um aumento permanente de sua vulnerabilidade por abrigarem casos de pobreza extrema, desigualdades sociais e degradação ambiental, fatores os quais estão inter-relacionados por intermédio de um sistema complexo de fornecimento de bens e serviços. O sucesso de uma nessas cidades deve ser medido em termos da sua produtividade econômica, equidade social e diversidade ambiental. Este último aspecto, que abrange vários tipos de uso do solo e de biótopos (áreas com condições ambientais uniformes que abrigam uma ou mais comunidades animais e vegetais, das quais são o hábitat) naturais e artificiais, torna as megacidades mais atrativas e estáveis. No entanto, as consequências do sucesso e das elevadas densidades populacionais incluem poluição, consumo de energia e desperdício.