Graduando
Crise na literatura
Observa-se no texto de Hans Robert Jauss que há uma crise na história da literatura na época em que escrito. Jauss descreve-nos que há uma decadência, uma má fama dos estudos de literatura, e esta merecida. Os estudos de literatura estavam sendo esquecidos e desaparecendo de pauta até mesmo nas universidades, e os críticos ou a crítica que era feita, faziam-na de modo “incompleto”, consegue-se ver o estado de indignação de Jauss por meio de seus escritos, mostrando-se inconformado com a situação, assim começa a realizar seus estudos e a dialogar com duas vertentes de crítica antagônicas o formalismo e o marxismo, para tentar suprir a carência de estudos que segundo Jauss estava ocorrendo. Em uma parte de seu texto, diz-nos que as escolas literárias coexistem e seguem um ciclo em que uma está no ápice enquanto outra está na periferia, logo que a primeira entra em declínio a da periferia começa a destacar-se, sendo assim Jauss cria a estética da recepção com base na observação de duas escolas discrepantes, a formalista e a marxista, porém agregando-as algo ignorado, o leitor, surgindo então à estética da recepção. Onde ele critica os formalistas por estarem focados na estética e os marxistas por focarem a historiografia da obra. Por meio da estética da recepção consegue-se fundir o contexto histórico-social (marxismo) e a estética, forma (formalismo), e isto se dá através do leitor, colocando o leitor em um local privilegiado. Notório é o descontentamento de Jauss com os estudos literários exercidos em sua época, e com a maneira que eram realizados, mas em meio a esses problemas e desafios Jauss procura superá-los, criando a teoria da estética da recepção, ampliando suas teses e seus estudos literários.