Graduando
Ciência dos Materiais - Capítulo 07 - Formas e Fases nos Sólidos - Tópico 7.11 - Processamento dos Materiais: Recristalização e Crescim…
Capítulo 07 - Formas e Fases nos Sólidos
Tópico 7.11 - Processamento dos Materiais: Recristalização e Crescimento de
Grão
Quando um material cristalino é deformado, sua dureza aumenta à medida que as deslocações se tornam mais entrelaçadas, e a sua ductilidade cai. Se o material é aquecido a uma temperatura relativamente elevada, as deslocações de sinais contrários (Veja Capítulo 4) começam a se cancelar mutuamente; os defeitos puntuais desaparecem, e propriedades físicas, tais como a resistividade elétrica, voltam a ter valores próximos aos do metal sem deformação.
Este processo é chamado recuperação. A microestrutura, observada no microscópio óptico, se mantém inalterada até que, em uma temperatura mais alta, os grãos alongados se transformam em grãos finos e equiaxiais, e a dureza e a ductilidade voltam a ter valores próximos dos originais (Figura 7.w.). Esta nucleação de grãos novos, sem deformação, em um material deformado, se chama recristalização e prossegue até que toda a peça seja formada de grãos novos, como na (Figura.7.x.). O nome dado ao tratamento térmico que provoca a recristalização e, em conseqüência, o amaciamento, é recozimento. Uma deformação feita abaixo da temperatura de recristalização é denominada trabalho a frio. Se a deformação é feita acima da temperatura de recristalização, será um trabalho a quente. Um material trabalhado a quente não encrua, porque a recristalização pode ocorrer simultaneamente à distorção e neutralizar seus efeitos.
A temperatura de recristalização de um material depende de uma série de variáveis; ela diminui com o aumento do encruamento prévio, com o aumento da pureza do material, do tempo de aquecimento, do tamanho inicial do grão, e com a diminuição da temperatura do trabalho a frio. O tamanho de grão após recristalização depende do grau de