Graduando
Tal como Hobbes Pierre, John Locke fora altamente influenciado, durante sua formação filosófica/política, pelas frequentes tensões políticas internas e revoluções no Reino Unido durante meados do século XVII e inicio do século posterior. Suas teorias afloraram carregadas das revoltas e ideias recorrentes das vanguardas do seu tempo, sobretudo da conjuntura da ascensão da chamada Revolução Gloriosa, onde um rei fora deposto pelo seu povo, e outro fora colocado em seu lugar pelo mesmo povo.
Para Locke, a transformação do estado de natureza em estado civil, antes passa eventualmente por intermédio de um contrato, um pacto de consentimento em que os homens concordam livremente em formar a sociedade civil para preservar seus interesses inalienáveis em comum, que segundo ele, são seus direitos naturais, que precedem a sociedade: o direito de vida, liberdade e bens materiais(os 3 juntos formam o 'direito de propriedade').
Segundo o filósofo, a natureza fora dada por Deus a todos para o desfrute, o trabalho então seria o instrumento de transformação do natural em privado, a propriedade de um homem se estenderia pelo alcance de seu trabalho, e deveria ser preservada, porém eventuais infortúnios levariam os seres humanos a buscarem algo maior que controlasse os aglomerados com suas leis, afim de conseguir mais exatidão na defesa de seus direitos, e a resposta foi o pacto, criando assim um Estado. Pois como ele já dizia: “Não fosse a corrupção de homens degenerados não seria preciso sair do Estado de Natureza”
Adquirindo diversas formas possíveis(dependendo do gosto particular de cada sociedade), o Estado Civil fora instaurado unicamente com o objetivo de preservar os direitos naturais inalienáveis de cada cidadão, e da mesma forma que fora criado pelo povo, ele pode ser dissolvido pelo mesmo povo, se negligenciar o objetivo pelo qual existe.