graduando
Priscila Duarte
Alguns autores colocam o descarte de processos como um cerceamento a memoria das futuras gerações de pesquisadores, já que nesse processo de eliminação decisões de o que é ou não histórico são tomadas por historiadores dessa época com visões históricas do tempo presente, é sabido que o mesmo documento pode dar respostas diferentes e em épocas diferentes, mesmo sendo o mesmo documento de dez ou vinte anos atrás, tudo depende de como o pesquisar faz as perguntas.
Em todo o processo de descarte de documentos há uma necessidade de “inventar” uma tabela de temporalidade decidindo qual o tempo de validade de cada documento, não tendo como saber quando o documento pode ser consultado, isso varia para cada tipo de documento, uns são mais consultados por pesquisadores e pela sociedade e outros menos, ou seja, não há como determinar validade. Os documentos de guarda permanente são escolhidos por sua temporalidade e, ou, pelo seu valor histórico. O valor histórico sempre se da pelo conteúdo do documento e o valor que ele representa, ou representou, para a sociedade, mas quem decide o que histórico ou não? Quem tem esse direito?
“Pesquisar em arquivos é o destino de muitos dos jovens profissionais que ingressam nos cursos de pós-graduação em História, ou mesmo daqueles que ainda dão seus primeiros passos em projetos de iniciação cientifica”.(BARCELLAR, 2005 p. 23).
Decidir o que é histórico não é uma tarefa fácil, ou possível, cada documento possui suas especificidades que podem, ou não, ser levas em consideração no momento da escolha como guarda permanente. Ao longo da historiografia observamos as mudanças na concepção do que deveria e não deveria ser usado como fontes, os arquivos criados para guardarem a verdadeira historia dos positivistas através dos documentos ali depositados, como no caso de