Graduanda
Durante séculos os estudiosos tentaram chegar a um consenso a respeito da origem dos princípios racionais, da capacidade de intuição e de raciocínio do homem. Parmênides de Eléia, no início do século V a. C., afirmava que o que é verdadeiro é imutável, caso contrário é mera opinião. Nesse mesmo período, Sócrates aponta que opiniões não são verdades, pois não resistem ao diálogo crítico. Platão defendia a tese de que nascemos com ideias inatas e que o único meio para se chegar ao conhecimento é por intermédio da razão, já que esta é inata, imutável e igual em todos os homens. Aristóteles, ao contrário, pregava que tudo é desenvolvido através da experiência e que o contato com o mundo externo é a única forma de se obter conhecimento e aprimoramento do intelecto.
Na Idade Moderna, René Descartes refutou o pensamento de Aristóteles, uma vez que os homens, ao se basear em opiniões, estavam longe de ter certezas. A partir desta época surge o movimento filosófico chamado Empirismo: "só é verdadeiro aquilo que é demonstrável". A preocupação com a natureza do conhecimento humano aparece também na obra de Emmanuel Kant que surge como uma teoria do conhecimento, sendo que para ele o conhecimento humano é relativo ao próprio homem.
A partir do século XIX e início do século XX, ainda com a permanência das teorias empiristas e racionalistas, surgem novas correntes, como a do Positivismo de Augusto Comte, o qual afirma que só é verdadeiro aquilo que apreendemos pelos nossos sentidos e que pode ser mensurado. O interacionismo de Piaget surge como o contraponto entre as teorias pré-existentes, ao propor que o conhecimento resulta das ações e interações do sujeito com o ambiente onde vive. Por fim, a teoria sócio-histórica, de Vygotsky, surge como uma nova maneira de entender a relação entre sujeito e objeto, pois propõe que na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando os conhecimentos. Considerando a aprendizagem como o processo