Graduanda
O conceito de poder é, do ponto de vista sociológico, amorfo já que “significa a probabilidade de impor a própria vontade dentro de uma relação social, mesmo contra toda a resistência e qualquer que seja o fundamento dessa probabilidade”37 Portanto, não se limita a nenhuma circunstância social específica, dado que a imposição da vontade de alguém pode ocorrer em inúmeras situações.
Os meios utilizados para alcançar o poder podem ser muito diversos, desde o emprego da simples violência até a propaganda e o sufrágio por procedimentos rudes ou delicados: dinheiro, influência social, poder da palavra, sugestão e engano grosseiro, tática mais ou menos hábil de obstrução dentro das assembléias parlamentares.38
A probabilidade de encontrar obediência dentro de um grupo a um certo mandato torna os conceitos de dominação e de autoridade de interesse para a Sociologia já que possibilitam a explicação da regularidade do conteúdo de ações e das relações sociais. Enquanto a disciplina deve-se à obediência habitual, por exemplo por parte das massas ou da família, “sem resistência nem crítica”, a dominação é
Um estado de coisas pelo qual uma vontade manifesta(mandato) do dominador ou dos dominadores influi sobre os atos de outros (do dominado ou dos dominados),de tal modo que,em um grau socialmente relevante,estes atos têm lugar como se os dominados tivessem adotado por si mesmos e como máxima de sua ação o conteúdo do mandato(obediência).39
A dominação legítima pode justificar-se por três motivos de submissão ou princípios de autoridade – racionais,tradicionais ou afetivos.
São,portanto,três os tipos de dominação legítima: a legal,a tradicional e a carismática.
As formas básicas de legitimação justificam-se com base em distintas fontes de autoridade, a do “ontem eterno”, isto é,dos mores santificados pelo reconhecimento inimaginavelmente antigo e da orientação habitual para o conformismo. É o domínio tradicional exercido pelo patriarca e pelo príncipe