Milton friedman

3723 palavras 15 páginas
Mencione a expressão "economia de livre mercado" para uma pessoa relativamente informada e as chances são de que, caso ela já tenha ouvido falar dessa expressão, ela irá relacioná-la completamente ao nome de Milton Friedman. Por vários anos, o professor Friedman obteve várias menções honrosas na imprensa e entre seus colegas de profissão, e toda uma escola de pensamento friedmaniana — os "monetaristas" — surgiu para desafiar a ortodoxia keynesiana.
Entretanto, em vez da típica reação de reverência e estupefação pelo fato de que "um dos nossos chegou lá", os libertários deveriam encarar toda essa situação com muita desconfiança: "Se ele é um libertário tão devoto, como e por que ele se tornou o economista favorito de boa parte do Establishment?" Tendo sido conselheiro de Richard Nixon e amigo e colaborador da maioria dos economistas que trabalharam para o governo, principalmente sob Ronald Reagan, Friedman conseguiu deixar sua marca nas políticas governamentais, e de fato passou a encarnar um tipo de apologista não-oficial de determinadas políticas dos governos Nixon e Reagan.
Sendo assim, mostrar alguma desconfiança deveria ser exatamente a reação adequada de um libertário, pois o tipo específico de "economia de livre mercado" defendido pelo professor Friedman dificilmente foi concebido para irritar ou mesmo perturbar o poder do regime. Milton Friedman é e sempre foi o Libertário da Corte do regime, e está mais do que na hora de os genuínos libertários acordarem para este fato.
A Escola de Chicago
O friedmanismo só pode ser completamente entendido dentro do contexto de suas raízes históricas, e essas raízes estão na chamada "Escola de Economia de Chicago" das décadas de 1920 e 1930. Friedman, um professor da Universidade de Chicago, tornou-se o incontestável líder da moderna (segunda geração) Escola de Chicago, que possui partidários difundidos por toda a profissão econômica e cujos principais centros são, historicamente, Chicago, UCLA e a Universidade

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