Graduado
Um dia após a queda do muro de Berlim, o chanceler da Alemanha Ocidental, Helmut Kohl, propõe a reunificação das duas Alemanhas. Surpreendentemente, um ano depois, a proposta é realizada. Pela primeira vez desde 1949, um só hino nacional, uma só bandeira para os oitenta milhões de alemães.
Três de outubro de 1990: não existe mais a República Democrática Alemã. As Alemanhas do Leste e do Oeste são unidas numa Alemanha Federal. O presidente Richard Von Weizsäcker, da Alemanha Oriental, anuncia a unificação de seu país.
Menos de um ano se passou desde que o símbolo da separação das duas Alemanhas - o Muro de Berlim - fora demolido. Com sua demolição, muitos acreditaram na reunificação, mas poucos achavam que ela aconteceria tão rápido.
Atrás da Cortina de Ferro, antigas cidades históricas, como Erfurt, estão sendo redescobertas pelos ocidentais. Todos os dias, em Berlim, os trens do metrô abrem suas portas para a multidão de alemães orientais, que, contentes com a nova liberdade de viajar, invadem as lojas. Agora, uma vez que tenham dinheiro, eles podem comprar produtos que tempos atrás só podiam obter no mercado negro a preços incrivelmente inflacionados.
Mas, a moeda da Alemanha Oriental, o marco oriental, vale muito menos do que o marco ocidental. Protestos nas cidades alemãs orientais realçam as diferenças entre as duas moedas.
No dia 18 de maio de 90, é adotada a unidade monetária. A partir do dia primeiro de julho do mesmo ano, o marco oriental desaparece em favor de um marco comum alemão, reconhecido nos mercados internacionais.
Primeiro de julho de 1990. Cenas inéditas nas cidades da Alemanha Oriental. As pessoas jogam fora suas moedas e rasgam notas que não têm mais valor algum. Mas, outros problemas surgem com a reunificação. A aliança política e militar da República Democrática Alemã estava pautada, até então, no Pacto de Varsóvia, enquanto a Alemanha Ocidental estava alinhada com a Organização do Tratado do