Graduado
Segundo o referido autor Bronislaw Malinowski — que documentou entre 1914 e 1918, essa prática de navegação e encontro ritual por um circuito pré determinado por tradição — os participantes do Kula viajavam centenas de quilômetros de canoa transportando vaigua’a os objetos dessas trocas-dádivas. Os colares de conchas vermelhas chamados souvala vinham no sentido horário desse círculo e na direção oposta (anti-horário) eram transportados os braceletes feitos de conchas brancas chamados mwali encontrando-se em dado momento para realizar o ritual da dádiva.
Aquele que recebia un colar soulava, estaba obrigado a corresponder com um braçalete mwalli e vice -versa. As condições para a participação no circuito de troca variavam de região para região. Malinowski observou que, o kula das Ilhas Trobriand era reservados aos líderes, enquanto em Dobu qualquer homem poderia participar, sendo que não se limitavam à troca cerimonial de vaigua’a, mas também de mercadorias úteis, recebendo o nome de gimwali.
Os principais objetos de transações do Kula – os braceletes de conchas (mawli) feitos com a parte superior e extremidade delgada da concha de um grande caramujo (Conus millepuntactus) e os colares (souvala) feitos do nácar da ostra espinhosa vermelha