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Pego meu smartphone e, durante uma olhada rápida pelo Facebook e Twitter, descubro que alguns amigos se reunem em uma boate a quilômetros de distância. Outros estão felizes participando de uma festa de rua (por que, se está tão frio lá fora?) e alguns aproveitam ao máximo a viagem que estão fazendo, conhecendo outras cidades e até outros países. De repente meus pequenos prazeres caseiros pareciam ter sido esmagados e diminuídos em comparação com o que eu poderia estar fazendo naquele exato momento.
Uma dose pornográfica de possibilidades somada à indecisão e à vontade de fazer tudo e aproveitar ao máximo cada momento tomaram conta de mim. No minuto seguinte eu estava indeciso entre ficar nas minhas cobertas quentes e aconchegantes ou sair correndo em busca de aventura. Afinal de contas a noite é uma criança e há centenas de coisas bacanas esperando para serem feitas.
O que retrato acima não é um caso isolado, é um problema emblemático desta era digital conhecido como FOMO, ou “Fear Of Missing Out” (Medo de estar por fora). E é caracterizado pela dose de ansiedade, indecisão, inadequação e irritação que toma conta das pessoas quando conferem suas redes sociais como Facebook, Twitter, Instagram, entre outros. A avalanche de informações sobre o que estão fazendo seus amigos, as fotos engraçadas do final de semana ou atualizações de status indicando que estão em algum lugar divertido, fazem com que você se questione o tempo todo “E por que eu também não estou fazendo isso?”.
Para Dan Ariely, professor de psicologia e comportamento econômico na Duke