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A queda no número de carros novos vendidos no país em 2014 está sendo acompanhada por um aquecimento do mercado de usados.
A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) aponta que o número de carros seminovos e usados negociados neste ano subiu 5,47% até maio, na comparação com os 5 primeiros meses do ano passado.
No mesmo período, a venda de carros 0 km caiu 5,19%. A queda se aprofundou em 7,3% no acumulado até junho, fazendo este o pior primeiro semestre em 4 anos para automóveis e comerciais leves (picapes, furgões e SUVs) novos, segundo divulgou a Fenabave na última semana.
A entidade ainda não divulgou o balanço de vendas de usados até junho.
Segundo as concessionárias, o desaquecimento da economia, o crédito mais escasso e o maior comprometimento da renda do brasileiro não são os únicos fatores que explicam a maior procura por usados.
"A maior explicação para este fenômeno foi o aumento que os carros novos tiveram a partir de janeiro, com o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), e a inclusão do aribag e ABS, que fizeram o preço subir em torno de 4% a 5% nas várias marcas", afirmou o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti (veja a entrevista no vídeo ao lado).
"Muitos dos clientes que estavam dispostos a comprar um carro novo foram para o seminovo e conseguiram um modelo com maior valor agregado por preço semelhante", complementa.
A inclusão de novos itens obrigatórios para carros zero começou a valer em 1º de janeiro, mesmo dia em que o desconto no IPI para carros ficou menor.
Para este mês de julho estava previsto um novo corte nesse desconto ou a retomada da alíquota "cheia" do imposto, mas, diante dos números fracos de vendas, o governo decidiu manter o IPI como está até o fim do ano. saiba mais
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