Resenha crítica gostosuras e bobices
LITERATURA INFANTIL: GOSTOSURAS E BOBICES
CAPÍTULO 5: POESIA PARA CRIANÇAS
FANNY ABRAMOVICH
PREUSS, Katiele Helena, Curso de Letras, Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí, Paraná, Brasil.
No capítulo cinco, de sua obra“Literatura infantil: gostosuras e bobices”, intitulado “Poesia para crianças”Fanny Abramovich discute entre outros como a poesia infantil é vista e como é apresentada para as crianças. Fanny Abramovich formou-se no curso de pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, já trabalhou como atriz de teatro e na televisão, escreveu críticas em jornal sobre literatura infanto-juvenil e também escreve livros para adolescente e educadores. Ela inicia esse capítulo mostrando que a poesia para criança deve ser muito bem escrita, surpreendente bela, movente e não, como muitos acham, moralizadora, pequenininha ou cheia de “inhos”. Fala do jeito maravilhoso com que muitos fazem do poema uma brincadeira utilizando trocadilhos, assim como Sidônio Muralha em “Dia de festa”, Elias José em “Grilo grilado”. A autora fala ainda da rima como um recurso que não pode ser usado sem nenhum critério devem ser bem escolhidas e bem trabalhadas assim como faz Vinícius de Moraes em “O pingüim”, e o ritmo como marca essencial que pode ser leve como em “Valsinha” de José Paulo Paes ou forte e marcado como em “Trem de ferro” de Manuel Bandeira. Mostra como uma boa poesia é capaz de provocar sensações , marítimas ou aquáticas em “Sonho de Olga” de Cecília Meireles e doces em “A casa de meu avô” de Ricardo Azevedo. Fanny fala da maneira como os poemas são capazes de retratar sonhos ou desejos fazendo com que o leitor visualize sua própria idéia de felicidade, como nos surpreende José Paulo Paes em “Modéstia”. Diz com sensibilidade que a poesia fala, sobretudo de emoções, como faz Cecília Meireles em “As Meninas”. Ainda mostra que há poesia falando da vivência infantil, narrativas em forma de verso rimadas e melodiosas,