GLUTAMINA
Dentre os glicocorticóides sintéticos, a dexametasona é amplamente utilizada devido sua especificidade de ação anti-inflamatória, no entanto, tem sido relatado inúmeros efeitos metabólicos como lipólise e proteólise concomitante ao tratamento desencadeando resistência á insulina, a partir do quinto dia de administração seguido de miopatia (SAAD et al., 1993). A proposta deste estudo é avaliar o efeito da suplementação com glutamina sobre as reservas de glicogênio (RG) dos músculos sóleo (S) e gastrocnêmio (G) de ratos tratados com dexametasona. Ratos .Wistar. adultos machos foram distribuídos em grupos (n = 6): Controle, Tratado com glutamina (GLU), Tratado com dexametasona (DEXA) e Tratado com GLU e DEXA. Os grupos receberam os seguintes tratamentos: GLU (1 g/kg) e/ou DEXA (1 mg/kg, ip) durante cinco dias. A seguir, amostras dos músculos foram retiradas para avaliar as RG pelo método do fenol sulfúrico. Imediatamente, amostras do sangue foram coletadas para avaliação bioquímica da concentração plasmática de glicose, lactato e da enzima aspartato aminotransferase (AST). Os resultados mostraram que DEXA promoveu elevação nas RG
(100% no S e 64% no G, p < 0,05) e redução no peso muscular, mostrando a ação glicogênica e proteolítica.
GLU promoveu elevação nas RG (135% no S, 48% no G, p < 0,05) sem promover modificação no peso.
Músculos tratados com GLU + DEXA apresentaram as maiores RG (221% no S, 116% no G, p < 0,05) sem apresentar modificação no peso. O tratamento não induziu alterações na glicemia, lactatemia ou na concentra ção plasmática da enzima AST. Conclusão: a suplementação com glutamina interferiu na ação da dexametasona, melhorando tanto o perfil energético quanto a perda de peso e pode ser um importante coadjuvante no tratamento de atletas submetidos a tratamento com glicocorticóides.
INTRODUÇÃO
Na prática