Hidrologia
A análise apresentada a seguir se refere aos processos geológicos mais marcantes que ocorreram na área da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê ressaltando a influência que os mesmos exerceram na modelagem do relevo e, conseqüentemente, no comportamento hidráulico-hidrológico da bacia.
A fim de também possibilitar uma análise mais abrangente das condições físicas e morfológicas da área, efetuou-se a caracterização e algumas avaliações paramétricas das feições geomorfológicas mais significativas por ela apresentadas.
A análise é inicialmente feita considerando-se a bacia hidrográfica integralmente. Após esta avaliação geral são ressaltadas as características geológico-geomorfológicas mais significativas de cada uma das Sub-Regiões Hidrográficas consideradas no estudo geral.
A Evolução Geológica da Bacia e o Condicionamento Fisiográfico
O conhecimento e compreensão do arcabouço geológico da região da Serra do Mar, onde se implanta a bacia hidrográfica do Alto Tietê, são fundamentais para o melhor entendimento das características fisiográficas que governam o escoamento hidráulico da bacia e, portanto do seu comportamento hidrológico.
Inicialmente há que se destacar a grande heterogeneidade dos litotipos constituintes do embasamento rochoso, datado das fases Média e Superior da Era Proterozóica. O segundo aspecto, talvez mais marcante, refere-se à estruturação geológica dessas rochas submetidas, já desde a sua origem, a processos tectônicos de grande amplitude. Mesmo em era geológica bem mais recente – no Cenozóico – ocorreram importantes reativações destes processos e que se somaram aos eventos tectônicos anteriores, mas que se tornaram fundamentais para o condicionamento da conformação fisiográfica da bacia.
Em síntese, as rochas existentes, originalmente de natureza sedimentar, foram submetidas, por tensões compressivas, a vários ciclos de dobramentos. Nestes processos, aos