Efeito da glutamina nos ratos
A relação entre disponibilidade de aminoácidos ou de outros substratos metabólicos, e o bom funcionamento do sistema de defesa do organismo vem sendo estabelecida. Consideráveis esforços são realizados na identificação de substâncias capazes de melhorar a resposta imune, com os chamados imunonutrientes. A imunonutrição constitui um novo campo de investigação em nutrição. Atualmente, tem-se dado muita atenção à influência dos nutrientes na fase inflamatória aguda, em particular, do trato intestinal.
Estados hipercatabólicos do organismo são observados quando não há adaptação a agentes estressores como, por exemplo: o exercício exaustivo ou prolongado, as pós-cirurgias, o transplante de medula óssea e em outras situações de comprometimento da homeostase orgânica. O estresse agudo de contenção tem sido utilizado como modelo indutor de estresse psicológico e desencadeia alterações imunes e um padrão de secreção hormonal similares aos demais tipos de estímulos indutores de estresse.
A modulação do sistema imunológico, induzida pelo estresse já é um fenômeno bem conhecido, estando descrita a ocorrência de neutrofilia, linfopenia e monocitose a seguir à exposição ao estímulo indutor da situação de estresse. As funções anti-microbianas e antitumoral de macrófagos/monócitos parecem, também, diminuir. A diminuição dessas funções tem sido associada a uma maior incidência de infecções e ao alastramento de tumores em animais submetidos a condições de estresse prolongado.
No hipercatabolismo a glutamina é reconhecida como aminoácido "condicionalmente essencial", e tem despertado interesse dos pesquisadores por sua capacidade de interferir no funcionamento de células do sistema imune. Por exemplo, os macrófagos utilizam glutamina para realização da função fagocítica e citotóxica. Esse aminoácido também é utilizado em altas taxas para proliferação de linfócitos e atividade fagocítica de neutrófilos.
O aumento dos níveis plasmáticos de corticosterona, associado ao