Farmaceutico
SUPLEMENTAÇÃO
O estresse oxidativo promovido durante exercícios físicos é determinado tanto pela síntese de ERO, quanto pela capacidade de defesa antioxidante. Estudos têm apontado que o sistema de defesa antioxidante pode ser influenciado por nutrientes específicos (FINLEY et al., 2011; GUTTERIDGE; HALLIWELL, 2010; NIEMAN et al., 2010). Alguns destes nutrientes, bem como seus efeitos sobre o estresse oxidativo induzido pelo exercício físico são abordados no presente estudo.
VITAMINA E
A vitamina E é um dos antioxidantes mais abundantes na natureza, sendo a forma a-tocoferol a mais conhecida, eficaz e com maior atividade antioxidante (JU et al., 2010). Atuando sobre a membrana da célula, a vitamina E protege contra a PL, reagindo diretamente com radicais de O2, tais como o oxigênio singlete (1ΔO2) e o ânion radical superóxido (O2·-), fato que origina radicais inócuos de tocoferol.
Além disso, a vitamina E tem a capacidade de regular a expressão gênica de proteínas que regulam o estado redox celular e, consequentemente, o estresse oxidativo (POWERS; JACKSON, 2008). Nesse sentido, estudos têm avaliado o efeito da suplementação com α-tocoferol na PL, induzida por exercícios físicos.
Sacheck et al. (2003) verificaram que a suplementação com a-tocoferol (1000 UI/dia), durante 12 semanas, mostrou-se eficiente em reduzir por até 24 horas a concentração plasmática de malondialdeído (MDA) em homens jovens, submetidos a exercício de corrida, a 75% do máximo volume de consumo de oxigênio (VO2 máx).
Os efeitos da suplementação com vitamina E sobre a proteção da membrana nuclear e DNA também tem sido investigados. Hamid et al. (2011) observaram em camundongos submetidos a 8 semanas de exercício que doses diárias de vitamina E (30 mg/kg) reduziram a quantidade de lesões ao DNA. Já Silva et al. (2010), ao suplementarem indivíduos com 800 UI/dia de vitamina E por diversos dias antes e após um protocolo de