Nutrientes
O câncer é atualmente a maior causa de morte no mundo, e estima-se que o número de mortes no mundo causadas por essa neoplasias aumentará 45% de 2007 a 2030. Entre as causas do câncer atribuídas a fatores ambientais, a dieta é o principal fator, contribuindo com cerca de 35%. Além disso, evidências apontam que a alimentação tem um papel importante nos estágios de iniciação, promoção e propagação do câncer, destacando-se entre outros fatores de risco. Pela forte relação entre nutrição e imunidade publicada na literatura clínica, tem se observado um uso cada vez mais freqüente de nutrientes específicos visando à restauração e manutenção da resposta imune. O presente artigo traz uma revisão de literatura sobre os principais aspectos dos imunonutrientes arginina, glutamina, ácidos graxos essenciais e zinco na dietoterapia do câncer. A dietoterapia do câncer é um dos temas abordados na apostila de Dietoterapia I do curso de Graduação em Nutrição da Universidade Federal da Paraíba, a qual foi elaborada pelos monitores dessa disciplina.
1. INTRODUÇÃO
Câncer é uma doença caracteriza pela divisão e reprodução de células anormais que podem se espalhar para todo o corpo. Ela envolve um dano cumulativo ao DNA das células. Segundo KRAUSE (2005) “quando as células danificadas escapam dos mecanismos apropriados para proteger o organismo do crescimento e disseminação de tais células, a neoplasia se estabelece”. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o câncer é a maior causa de morte no mundo e o número total de casos da doença está crescendo. Estima-se que o número de mortes por neoplasias aumentará 45% de 2007 a 2030 (de 7,9 milhões para 11,5 milhões de mortes). Além disso, calcula-se que novos casos de câncer aumentarão de 11,3 milhões em 2007 para 15,4 milhões em 2030 (WHO, 2009). Sabe-se que a combinação de fatores endógenos e ambientais é responsável pelo desenvolvimento das formas mais comuns do câncer, sendo a dieta o fator mais